Nova Ordem Mundial

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Nova Ordem Mundial, do Angeli

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A OBVIEDADE DA HISTÓRIA

A obviedade da História me fascina. Me fascina pelo simples fato de ser óbvia. É um ciclo que se refaz, se autodestrói e se autoconstrói continuamente. E os autores vão sendo substituídos no tempo e no espaço. O século XX foi um exemplo disto. Iniciamos este século num embate inescrupuloso representado por divergências entre as forças capitalistas e as socialistas. O episódio que melhor representa esta fase foi a tentativa de implantação do socialismo na Rússia, através da Revolução Russa de 1917, fundamentada em princípios marxistas. Com a Revolução Russa seguiram-se outras tentativas de implantação do socialismo, como a China de Mao Tsé Tung e a Cuba de Fidel Castro e Che Guevara, para não antecedermos um pouco mais na América Latina de Simón Bolívar. Não pretendo expor aqui os princípios de cada uma das correntes ideológicas, somente compreender a história atual a partir de uma síntese cronológica, o fio condutor que liga e conduz as sociedades. Partindo para o outro lado, desenvolver-se um sistema capitalista, já iniciado na revolução industrial, na Inglaterra, e no século XX, desponstava nos Estados Unidos. Em meio a este embate de sistemas, ideologias, realidades desiguais, alguns valores capitalistas foram se sobrepondo e surgindo uma necessidade de acumulação de poder. O homem percebeu que podia ter mais do que tinha e ser mais do que era. E se achou melhor que os outros. Com isso, achou que tinha o direito de tomar para si, o que era dos outros. E foi buscar. Achando não ser suficiente, considerou-se superior e achou que seus direitos eram maiores que os dos outros. É a era da ganância, do poder e da ambição. E resolveu estender suas fronteiras. Sua casa ficou pequena para sua família e achou que tinha o direito de pegar para si a casa dos outros. E achou que os outros não podiam ter casa, só ele, pois era superior. E achou que só ele sabia decorar, arrumar os móveis... E foi assim que começou o imperialismo.
Mas os verdadeiros donos das casas não podiam aceitar passivamente. E foi assim que começaram as guerras. Duas guerras mundiais e o massacre dos judeus no Holocausto. Hoje, já fazem parte de nosso vocabulário palavras que até um tempo atrás não eram comuns, e ainda nem temos uma definição clara para elas, só sabemos que refletem muito o ambiente atual que vivemos. São elas: fundamentalismo e terrorismo. Embora ainda não exista um consenso sobre suas definições, tentei traçar, em linhas gerais um significado. Fundamentalismo pode ser interpretado como fanatismo, isto é, grupos que defendem alguns valores (na maioria das vezes baseados numa religião) e argumentam serem verdades inquestionáveis. Há controvérsias! Afinal, como posso querer converncer o meu vizinho de que o que eu penso está certo e o que ele pensa está errado? Cada um tem a sua própria verdade. Embora eu não concorde com a sua verdade eu devo aceitá-la. No caso do terrorismo, na minha interpretação, é um mecanismo de diálogo e ação de grupos (normalmente excluídos da ordem que prevalece a maioria, "financiados" pelo estado ou não) que buscam reivindicar direitos de minorias e para isso usam de estratégias "pouco convencionais".
Na política interna cada Estado tem a sua autonomia, ou pelo menos é assim que deveria funcionar. E quem se responsabiliza pela relação entre os Estados? Numa terra sem leis nem regras, faz-se a lei do mais forte. Este é um problema crucial para o início do século XXI. Quando as decisões vão além do âmbito local, é preciso um mecanismo de regulação, imparcial, neutro, legal e com instituições sólidas que consiga promover a paz e a integração. O problema é quando o organismo criado para esta finalidade, não é reconhecido ou respeitado, perdendo seu caráter legítimo. Sendo assim, perde-se o sentido de sua existência. Atualmente, com o prevalecimento do capitalismo sobre o socialismo (apesar da existência de alguns casos isolados) e com a descolonização, povos voltam para suas casas que haviam sido roubadas e isto gera um novo problema, encontram uma nova realidade e muitas dificuldades de adaptação. Os movimentos separatistas tornam-se acirrados, veja a recente independência de Kosovo. Isto sem contar nos conflitos étnicos ocasionados por uma população excluída e marginalizada.

"O fio invisível que liga os homens é o mesmo fio que os separa"

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