Nova Ordem Mundial

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Nova Ordem Mundial, do Angeli

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Destaques do “Volta ao Mundo” das últimas semanas


A situação na Ossétia do Sul está “russa”

Eleições americanas: Barack Obama
Olimpíadas da China e hipocrisia
Colômbia avalia cooperação com a OTAN no Afeganistão


A situação na Geórgia está russa

Nas últimas semanas o “fantasma” da guerra fria pairou novamente no cenário internacional, após o recente apoio da Rússia à independência das regiões separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abkházia. A atitude colocou novamente o Kremlin e Washington em posição adversa, provando que ainda há muitos obstáculos a serem superados. Nem a imagem sorridente de Vladimir Putin e George Bush nas Olimpíadas da China foram capazes de amenizar as hostilidades. Os resquícios de uma guerra fria (ainda, quem sabe) não concluída pôde ser manifestado neste episódio em que a Rússia manifestou reconhecimento à independência da Ossétia do Sul e da Abkházia apesar da resistência dos Estados Unidos e toda a comunidade internacional (representada aqui somente pelos países ricos, é claro) em aceitarem. Mas a guerra fria contemporânea adquiriu um outro viés, o econômico, pela disputa do monopólio da rota de transporte do petróleo e do gás natural na região da Ossétia do Sul... E como fica a questão do Kosovo? Em breve, neste espaço, confira a entrevista com uma especialista em Direito Internacional sobre semelhanças e diferenças dos mais recentes movimentos separatistas: Tibete, Kosovo e Ossétia do Sul. Não percam.

Eleições americanas: E se Obama fosse Branco?
Pelo que tudo indica, Obama será eleito. Mas não será por suas propostas ou engajamento político. Será pelo fato de ser negro. E, porque os EUA, neste momento, precisam provar ao mundo que não são racistas, que são justos e são capazes de reconhecer o potencial de um negro. E Obama, o senador quase desconhecido, apareceu no momento certo. Apareceu e veio para estampar as notas de R$1 dólar com um rosto negro. Isto, no país da injustiça racial, do ódio camuflado, da sociedade medíocre e competitiva que incentiva o filho a ser sempre o melhor, na escola ou nos esportes, mesmo que para isso precise desumanizar as relações. No país que predomina o protestantismo de fachada, em que a extrema moralidade é pregada nas famílias, nestas mesmas famílias em que filho mata a mãe, pai dorme com a filha e estudante entra em escola com bombas como vingança a um professor. A sociedade da incoerência. O momento é agora e Obama saberá muito bem se aproveitar dele. A sociedade americana precisa mostrar que é justa e humana, apesar de todas as mortes na guerra do Iraque, de Martin Luther King, das injustiças contra imigrantes, das violações aos direitos humanos, de Guantánamo, enfim, da hipocrisia e do consumo alienado. E se Obama fosse branco, teria ele a mesma chance de se eleger presidente dos Estados Unidos?
Qual será o estilo de Obama como presidente?
Obama Hussein?
Obama Chávez?
Obama Castro?
Barack Sarkozy?
Barack O'Lula?
Barack Putin?

Olimpíadas da China e hipocrisia
As Olimpíadas mais caras da história acabaram. Os atletas voltaram aos seus países. E, será que os chineses pobres e miseráveis que viviam nas ruas de Pequim pedindo esmolas e foram enviados aos batalhões em caminhões do governo para o interior do país, onde o restante do mundo não conseguisse ver e sentir as suas misérias pessoais também voltarão para casa? Será que os executivos que andam de pijama e cospem nas ruas já podem manifestar com liberdade o seu hábito? Será que as fábricas e construções civis que pararam de funcionar durante as olimpíadas para não darem um aspecto poluído ao ar voltaram a produzir? É hora de tirar a máscara novamente. E expôr as mazelas do país, mas só para os chineses. O mundo não pode saber. Não deve saber. O dinheiro gasto para viabilizar as olimpíadas e a imagem politicamente correta da China daria para alimentar quantos pobres e tirá-los da miséria, sem falar do trabalho escravo com crianças nas minas de carvão? Enquanto isso, nas olimpíadas da hipocrisia, uma atleta russa e uma georgiana dividiam o pódio, ao mesmo tempo em que o povo em seus países bombardeavam um ao outro. São as olimpíadas da hipocrisia. É a sociedade da hipocrisia.

Colômbia avalia cooperação com a OTAN no Afeganistão
Interpretando e traduzindo: a Colômbia lidera a produção de cocaína e o Afeganistão lidera a produção de heroína. Por trás da OTAN (ou pela frente, depende do ângulo que se vê) temos os EUA. O mercado de drogas financia o mercado das armas e, obviamente, os Estados Unidos pretendem participar deste que tem se revelado uma dos negócios mais lucrativos do momento.”Coincidentemente”, os EUA alegam, na suposta “guerra contra o terrorismo”, lutar contra as FARCs, na Colômbia, que detém a produção de cocaína e o Tabeban, no Afeganistão, que detém a produção de heroína no mundo. É preciso explicar mais alguma coisa ou ficou claro que a “guerra contra o terrorismo” se restringe na busca por um negócio lucrativo?