Nova Ordem Mundial

Nova Ordem Mundial
Nova Ordem Mundial, do Angeli

sábado, 19 de julho de 2008

Século XXI: Novos Atores, Nova Ordem

Uma nova ordem mundial: ou será uma desordem?
(uma proposta preliminar para o Manifesto do Partido Humanista)


O século XX foi marcado pelo embate entre dois sistemas: o capitalista e o socialista. Representado inicialmente por uma ordem multipolar pelos os EUA, França, Inglaterra e após a 2ª Guerra Mundial pelo predomínio da vertente capitalista, Estados Unidos da América e pela vertente socialista ex-URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) chegamos ao século XXI com a maior potência mundial, EUA, hegemônica e ameaçada. Há opiniões bastante controversas sobre este novo formato de ordem mundial. Há um grupo de analistas, os considerados “globalistas”, que defendem a permanência dos EUA como maior potência mundial e inclusive colocam-no em um patamar superior ao que ele deveria permanecer. Há outros autores que ainda defendem o prevalecimento de potências emergentes como a China mas, na minha opinião, acredito que a ordem mundial não deve manter esta estrutura. Como já se é observado, a estrutura de um estado representado por três poderes que se interligam e se equilibram comunicando com uma sociedade cada vez mais deficitária em seus princípios básicos que deveriam ser garantidos pelo estado, como sérios problemas de desigualdade social, fome, miséria, educação, saúde, segurança não está mais satisfazendo. Acredito que o modelo de estado tal qual conhecemos está em crise e é neste momento que outros atores entram em cena. Um dos atores que, na minha opinião, poderá substituir o estado são as multinacionais, transnacionais e as grandes corporações. A economia capitalista tende a se tornar cada vez mais concentrada. Por exemplo, na indústria de veículos a motor, existem cerca de 150 empresas funcionando ao redor do mundo atualmente. Mas as duas maiores empresas, a General Motors e a Ford, juntas produzem mais de um terço de todos os veículos. As cinco maiores empresas respondem pela metade de toda a produção e as dez maiores empresas produzem três quartos. Quatro empresas de aparelhos elétricos produzem 98% das máquinas de lavar roupa fabricadas nos Estados Unidos. Ainda nos Estados Unidos, na indústria frigorífica, quatro empresas controlam 85% da produção de carne bovina, enquanto que as outras 1.245 firmas participam em menos de 15% do mercado. Inclusive, presenciamos uma crescente concentração no setor de serviços, como linhas aéreas, companhias telefônicas e a indústria do entretenimento e da mídia. Com toda a concentração, a dinâmica do “livre” mercado torna-o completamente dominado por algumas empresas, tanto em nível nacional quanto internacional. Com os lucros concentrados nas mãos de alguns grupos, a distribuição de renda, o poder e a influência também ficam concentrados dentro da sociedade e paralelamente, a liberdade do indivíduo também se torna restrita, transformando-o em um indivíduo-consumidor e o homem passa a valer o mesmo que o seu poder de consumo o permite tendo sua vida conduzida e manipulada socialmente pelas grandes corporações. A liberdade de escolha está condicionada ao seu poder de compra e às restrições por ele permitidas. Por exemplo, determinada pessoa tem uma liberdade de escolha condicionada ao seu poder de compra, isto é, lhe são oferecidas três opções, sendo que, destas, duas opções podem ser desconsideradas pois não fazem parte de seu poder de compra, sendo assim, resta-lhe uma única opção de escolha. Podemos chamar isto de escolha? Outro aspecto relevante sobre o monopólio das grandes corporações se refere à influência que elas exercem sobre o poder político pela sua importância econômica e a disponibilidade de recursos que lhes dão a capacidade de influenciar governos e conduzir políticas favoráveis, diretamente, através de partidos políticos ou indiretamente, por decisões de investimentos ou influência nos pricipais meios de comunicação. O mercado de trabalho também é atingido diretamente pelo poder econômico, onde a competição, o individualismo, os valores da livre concorrência, o poder a todo custo e as leis repressivas que predominam na sociedade levam o ser humano à perda dos valores como solidariedade, honestidade, respeito e justiça.
O segundo ator responsável pela nova ordem mundial são os blocos econômico-regionais. A formação destes blocos interfere inclusive na alteração da geopolítica mundial e na transposição das fronteiras. Os interessses e as relações estão sendo afetadas de forma tão intensa, que as fronteiras físicas não delimitarão países, mas regiões onde se concentrarão países com interesses semelhantes. Com a economia mundial globalizada, a formação de blocos econômico-regionais tem a finalidade de facilitar o comércio entre os países-membros adotando a redução ou isenção de impostos e tarifas alfandegárias além de buscar soluções para problemas comerciais em comum. Os principais blocos comerciais atualmente são a UE (União Européia), o Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio), o Mercosul (Mercado Comum do Sul), o Pacto Andino e a APEC (Cooperação Econômica de Livre Comércio). Entretanto, a tendência é não se restringir somente à integração econômica, à criação de uma moeda única e ao incremento de práticas comerciais, mas, em um estágio mais avançado, estes blocos também devem proporcionar uma integração política, principalmente na adoção de uma legislação conjunta e em um sistema integrado de administração que ultrapase os limites físicos de cada país, contribuindo ainda mais não somente por uma globalização econômica, mas também cultural. Talvez, podemos interpretar a ONU (Organização das Nações Unidas) como uma proposta ainda rudimentar desta iniciativa. O que hoje já vemos, na difusão e transmissão de conhecimento por diversos países proporcionados principalmente nas novas tecnologias da informação, na absorção de hábitos de origens distantes, nas facilidades da comunicação, na influência linguística e cultural é uma prova nítida que a globlização atinge a todos e a tendência de formação de um governo mundial, com alguns núcleos administrativos sob a responsabilidade dos blocos econômicos, não é uma ilusão, mas uma constatação. Mais uma vez, a formação desta nova ordem mundial está subordinada à interesses capitalistas, corporativistas e em último aspecto, humanistas. Mais uma vez, o homem, sua cultura e seus valores estão sendo subestimados a favor de interesses comerciais. Partindo desta constatação, haverá um dia (e não está longe) que o homem não passará de um CPF ambulante e nada mais importará, desde que seus músculos sejam transformados em “lucro”, seu cérebro em uma máquina e suas emoções condicionadas às “conveniências” de uma sociedade capitalista-burguesa, racista, discriminatória e preconceituosa. Triste fim de nós mesmos.
Mas passemos ao terceiro ator, este, extra-oficial, ainda meio “nebuloso” e com um caráter bastante diferente dos demais, citados anteriormente. Este terceiro grupo de atores que têm atuado cada vez com mais consistência no cenário internacional, no questionamento das atuais políticas capitalistas são os chamados “grupos terroristas”. Há uma enorme diversidade de propostas e ideologias mas a premissa básica destes grupos, que não obtêm o apoio da maior parte da população e da mídia é desempenhar um papel de resistência ao sistema político vigente. Temos acompanhado nas últimas semanas o conflito no Líbano, entre as forças do governo e a oposição, representada pelo grupo considerado“terrorista” Hezbollah, apoiado pela Síria e considerado por alguns especialistas “um estado dentro do estado” por ter mais força que o próprio estado libanês. O Líbano vive a ameaça de uma guerra civil e está sem presidente desde o ano passado quando o pró-sírio Emile Lahoud deixou o cargo. A atuação do Hezbollah comprova a capacidade de um grupo considerado “terrorista” e inclusive financiado por outro estado em medir forças com o próprio governo do país, inclusive prevalecendo sobre este. Entretanto, devido às práticas revolucionárias na divulgação de seus ideais, ainda incompreendidos e no uso estratégico de recursos como atentados, sequestros, assassinatos, estes grupos ainda não obtiveram a credibilidade da população. É necessário um amadurecimento saudável de suas ideologias.
Partindo desta reflexão, haverá um modelo ideal na construção de uma nova ordem mundial? Acredito que não! Todos terão falhas, mas, de preferência, que neste século XXI seja adotado um modelo menos desigual, mais justo, que valorize mais o ser humano e não o transforme em uma máquina fria e capitalista. Ciber-humanos de todo o mundo, uní-vos!

domingo, 6 de julho de 2008

O Discurso da Conveniência do candidato à presidência dos EUA, John McCain

Há algum tempo tenho refletido sobre o que leva as pessoas a tomarem determinadas atitudes, a modos de agir (ou atuar) e se comportarem de forma menos "agressiva" nesta nossa "difícil sociabilidade". E percebi que há dois tipos de atitude: a certa e a conveniente. A certa segue uma convicção própria, pessoal e é indiferente a julgamentos. Poucas pessoas têm a coragem e a ousadia de agir conforme suas convicções, pois na nossa sociedade pós-moderna, consumista e alienada, falar o que se pensa e o que se acredita não é "conveniente" e ainda pode ser perigoso. Sendo assim, prevalece o "Discurso da Conveniência", isto é, falar aquilo que querem ouvir ou esperam que você diga. É mais fácil, mais cômodo e você vai ganhar mais credibilidade. Se você seguir o modelo oposto, será discriminado e seu ponto de vista estará limitado a um grito solitário no cyberespaço, como certas pessoas que fazem blogs, mas isto não vem ao caso...
Tenho acompanhado com mais atenção nas últimas semanas a posição defendida sobre política externa do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John McCain. Inclusive, em pesquisa realizada pelo Instituto Gallup e divulgada recentemente, o único quesito que McCain recebe melhor avaliação que Obama é no combate ao terrorismo. Embora preocupações relacionadas à política externa tenham diminuído na lista de prioridades dos norte-americanos em função da crise econômica que atinge o país, os impactos e a abrangência das decisões desta potência imperialista afetam o mundo inteiro. Portanto, cruzar os braços não é o melhor a fazer. O projeto de governo de McCain para a política externa se baseia em dois principais pilares: combate ao terrorismo e manutenção das forças armadas no Iraque. Será que, depois de Bush pai e Bush filho, teremos agora Bush "neto" (adotivo). A linha seguida é a mesma, isto é, "ideologia das entrelinhas". O discurso, embora implícito (não tanto mais), segue o mesmo objetivo: tentativa de permanência dos EUA como potência imperialista, embora o curso da História demonstre um esgotamento deste modelo.
Mas vamos aos fatos: McCain defende que as forças armadas devem permanecer no Iraque até ganharem a guerra. Não só no Iraque, mas também no Afeganistão e nos demais locais onde deve ser combatido o terrorismo e lutar pela democracia. Mas de qual democracia eles estão falando? Deste modelo "ocidental" de democracia, sem considerar as particularidades de cada país, sua estrutura, o funcionamento de sua política... Cada realidade é única, e a imposição de um modelo como único aceitável não é o caminho. Sistemas políticos não são impostos como modelos perfeitos que funcionam em qualquer ocasião. Cada realidade encontra uma forma harmoniosa ou menos conflitiva de se desenvolver e atuar como organismo político, social, cultural e econômico.
Voltando às guerras do Iraque e Afeganistão, ambas custaram aos cofres públicos americanos mais de US$ 3 trilhões de dólares além de milhares de vidas inocentes. Alguém acredita que a guerra no Iraque ainda não acabou? Muitas vezes, em uma guerra, não há vencedores nem vencidos, mas forças paralelas que coexistem entre si. No caso do Iraque, o exército norte-americano e a população civil continuam se enfrentando apesar do alto índice de mortos. A tentativa de implantação de um governo "democrático" pelos EUA fracassou, os EUA não conseguiram a credibilidade da população e sem este apoio, com toda a resistência do povo iraquiano, nada feito. O governo "democrático" não foi implantado (pelo menos não efetivamente), as forças armadas deverão se retirar com uma mão na frente e outra atrás além de alguns milhares de mortos, e o governo americano deverá explicar ao povo como recuperar os dólares "investidos". Triste derrota.
Sob outro aspecto, os EUA pretendiam implantar um "governo democrático" no Iraque. Por quê? Por que eles são bonzinhos, têm um enorme sentimento humanista e solidário... Faz-me rir. Legalmente, respeitando os princípios do Direito Internacional, os EUA não têm nenhum direito de interferir na política interna, autonomia e soberania de nenhum país. O órgão responsável pela definição da entrada das forças armadas no Iraque em busca de armas nucleares é a ONU, entretanto, não teve autoridade e competência suficiente para impedir a invasão dos EUA ao Iraque.
Qual o real motivo para a tentativa de implantação da democracia, principalmente em países que, coincidência ou não, possuem enormes reservas de petróleo, num momento em que as reservas norte-americanas não devem durar mais que uma década? Nada mais conveniente que buscar suprir as próprias deficiências de escassez de energia se apropriando das reservas de países ricos em petróleo e ainda usar um discurso de "combate ao terrorismo" ou "luta pela democracia" como pano de fundo. Depois da Era dos Impérios, da Era das Revoluções, da Era dos Extremos, chegamos à "Era do Neocolonialismo Mascarado" em que papéis se fundem e fica difícil saber quem veio salvar e quem veio destruir, quem é o mocinho e quem é o bandido. Quem sabe o bandido não se disfarça de mocinho quando lhe é conveniente?

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Hipocrisia ocidental contra uma China "cruel"

Colaboração de Samir Garcia Maia

Não existe valor com relação à cultura!
Cultura é cultura. Não há uma que seja melhor que a outra.
Se os chineses fazem o que fazem não temos o direito de julgá-los.
Nós, ocidentais, fazemos ou apoiamos muitas atitudes que estão longe do divino, a diferença é que agimos silenciosamente, ou, se preferirem, com uma máscara.
Criamos o capitalismo e com ele, o egoísmo, a ganância, a arrogância, as guerras...
A nação que consideramos modelo, EUA, jogaram bombas atômicas em duas cidades japonesas, usando pessoas inocentes para mostrar ao mundo o tamanho de seu poder. Mataram milhões no Vietnã, no Golfo, no Iraque... Também financiaram a ditadura militar em toda América Latina e exploram até hoje os países mais pobres.
Nós temos o hábito de depreciar os costumes de culturas diferentes da nossa.
Julgamos o fato deles comerem cachorros e gatos, assim como, os indianos julgam o nosso de comer carne de vaca.
Julgamos o fato deles matarem os animais e esquecemos que o nosso consumo desenfreado é responsável pela degradação do meio ambiente e, consequentemente, pelo extermínio de diversas espécies.
Quanto às crianças mortas, essa é a política do país, os chineses sabem que só podem ter um filho, é a lei. Não estou defendendo esta prática, muito pelo contrário, mas a partir do momento que é a lei do local, não temos direito de questioná-la.
No ocidente, as crianças morrem por puro egoísmo da sociedade. Seria cômico, se não fosse trágico, mas enquanto nos espantamos com o controle de natalidade chinês, vemos diariamente crianças subnutridas nas ruas brasileiras, passando frio, fome, humilhação, dentre outras coisas e fingimos que não temos nada a ver com isso, fechamos o vidro do carro e assumimos nossa indiferença.
Adoramos apontar e julgar o quanto é feio o quintal do vizinho, mas esquecemos de olhar o quanto nosso quintal necessita de reparos.
Se há costumes estranhos para nós na cultura chinesa, há muitos outros na nossa cultura estranhos para eles, inclusive nossa intolerância com o "diferente".

Enquete

Você concorda com a entrada da Venezuela no Mercosul?

(Antes de responder à enquete, leia o artigo abaixo)

VENEZUELA: DA REVOLUÇÃO À INTEGRAÇÃO

Quando Simon Bolívar iniciou a sua luta pela solidariedade entre os povos, união e integração de países americanos, não imaginava que um dia essa integração poderia tomar um rumo diferente, com outros objetivos. Países com divergentes contextos históricos, culturais, políticos e econômicos, que até há algum tempo se relacionavam num cenário de hostilidade, hoje em dia, devido às exigências de um mercado cada vez mais competitivo e integrado vêem-se obrigados a unirem seus esforços e inclusive relevar alguns aspectos divergentes de sua política interna, no combate ao isolacionismo a partir da participação em blocos integracionistas, com um objetivo primordial: promover uma política econômica comum, reduzir as tarifas alfandegárias e, assim, estimular o comércio regional em favorecimento das partes envolvidas. Atualmente, a grande polêmica em torno do Mercosul é em relação à entrada da Venezuela no bloco, que já teve sua adesão confirmada, mas não integralmente, ainda sem direito a voto. Os principais oposicionistas são o senado brasileiro, que tem poderes suficientes para vetar a entrada da Venezuela no bloco e defendem argumentos, de certa forma, coerentes. O principal argumento é em relação ao caráter polêmico e “autoritário” do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que tem sido acusado por integrantes do Mercosul de não respeitar os princípios básicos da democracia, crítica sem fundamento se considerarmos que a política interna de Chávez não se prevalece de decisões unilaterais e sempre recorre aos métodos convencionais de escolha democrática, como eleições e plebiscitos. Além disso, muitos argumentam que as ferozes críticas de Hugo Chávez à política externa norte-americana surge como mais um entrave para a entrada do país no bloco, pois pode prejudicar a imagem do Mercosul no exterior. Mas a questão política pode tomar menores proporções quando o assunto é a economia. De acordo com a Revista Época, desde o início do governo Lula, em 2003 até 2006 as exportações brasileiras para a Venezuela cresceram 486%. Saltaram de pouco mais de US$ 600 milhões para US$ 3,5 bilhões. Além disso, em tempos de racionamento de energia, de busca de fontes alternativas, um parceiro como a Venezuela pode significar um acesso livre a um país com a sexta maior reserva de petróleo do mundo. Se o assunto é economia, o Mercosul, apesar dos entraves burocráticos, das divergências e realidades muitas vezes conflitivas dos países-membros está a caminho e pretende ser uma solução em um mundo cada vez mais integrado. Mas as barreiras para a entrada da Venezuela no bloco, como é nítido, não são econômicas, mas políticas. Quem sabe, com a formação do mais recente órgão político que pretende promover o diálogo, a UNASUL, (mais um, já temos a OEA....) seja possível a condução de um diálogo que releve as “convicções pessoais”. Há alguns meses acompanhei a relutância da Holanda em ratificar alguns acordos da União Européia temendo comprometer as liberdades individuais de seus cidadãos. E não só este caso, são vários os exemplos, afinal, conciliar interesses divergentes, com realidades totalmente distintas tem sido o principal desafio deste início do século XXI, uma tendência nítida na formação do que já é considerado uma “Nova Ordem Mundial” em que predominam os blocos econômicos e, infelizmente, uma padronização, homogeneização da sociedade, seus hábitos e valores.
Entretanto, ainda resta uma alternativa menos conflitiva para a Venezuela. A criação em 2004 da ALBA, Alternativa Bolivariana para as Américas, surge como uma contraproposta que atende melhor interesses de países como Venezuela, Bolívia e Cuba. Os principais pilares deste órgão são o desenvolvimento social e um projeto de integração das forças armadas. Ainda não sabemos como será o percurso destes novos blocos sócio-econômicos que estão surgindo. Alguns, vão se fortalecer e outros, como é previsível, vão ruir. Mas uma coisa é certa: os países precisarão se unir se quiserem atuar mais fortalecidos no jogo (im)previsível da política internacional. E para que a união dê certo, precisarão buscar parceiros com afinidades. Disso, Simon Bolívar já sabia.