Nova Ordem Mundial

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Nova Ordem Mundial, do Angeli

domingo, 20 de janeiro de 2008

Panorama da Semana – 14 a 20 de janeiro

Fatos importantes no cenário internacional:
África - Quênia
Continua a onda de violência e protestos no Quênia. A capital, Nairóbi, tem sido vítima de uma série de ataques de um grupo de opositores que acusa o atual presidente Mwai Kibaki de ter se reeleito por fraudes. Apesar das tentativas de discussão da Comunidade Internacional em solucionar o conflito, inclusive com a presença de Kofi Annan, ambas as partes do conflito ainda não conseguiram se entender. Os conflitos têm trazido sérios prejuízos ao país, principalmente na área econômica, pois ocupa posição estratégica na África. Além das razões políticas, o conflito também tem origens em raízes étnicas, pois o país tem no poder uma mesma etnia há décadas, os Kikuyo. Isso levanta uma reflexão. Recentemente li a análise de um crítico do período da descolonização africana. (Sou péssima de nomes, mas vou procurar encontrar o artigo) Sou contra (por razões óbvias) da política expansionista e colonizadora européia, mas o artigo que eu li, fazia alguns comentários que faziam bastante coerência sobre o período que os países africanos ainda eram colônias e o período pós independência e comparava questões ligadas ao desenvolvimento estrutural destes países antes e hoje. Vou tentar encontrar este artigo e vocês vão me entender.
América Latina – Guatemala / Cuba
Lula foi esta semana à Guatemala para a posse do presidente eleito Álvaro Colom. Aproveitando, ele deu uma “esticadinha” à Cuba para visitar o amigo Fidel Castro. Fidel, 81 anos, está afastado do governo há cerca de dois anos. Li hoje, na Folha de São Paulo, que Fidel irá concorrer às próximas eleições parlamentares, na semana que vem. As eleições não são obrigatórias, mas cerca de 95% da população vota, pois há um esquema de “votação obrigatória implícita”.
Bolívia
Continuando na linha de governos de esquerdistas na América Latina (um fenômeno interessante que merece ser melhor abordado posteriormente) chegamos ao caso da Bolívia. Esta semana completa dois anos de mandato do presidente Evo Morales e um dos maiores “trunfos” de sua gestão ainda está em discussão: a aprovação da nova constituição, que proporcionará um maior reconhecimento às populações indígenas. Morales tem enfrentado uma forte oposição de alguns estados que propõem a independência de La Paz e uma maior autonomia em suas questões internas. Morales tem feito um trabalho voltado para a garantia das reservas naturais e nacionalização, mas tem enfrentado muitos problemas com a oposição. Esta característica tem marcado diversos governos da América Latina.
Colômbia
A mídia nacional e internacional explorou durante toda a semana o caso das ex-reféns, libertadas pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Histórias de vida no cativeiro, o filho da refém libertada e histórias dos que ainda estão presos tomaram conta do noticiário. Poucas foram as reflexões sobre o real papel das FARC. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez fez uma declaração de que as FARC não deveriam serem consideradas um grupo terrorista, o que despertou indignação da mídia e da comunidade internacional. Compreendemos o drama das vítimas de sequestros e seus familiares, mas não se deve abordar o problema pelas suas consequências e sim, pelas causas. Na minha opinião, o drama das vítimas é a consequência de um grupo que age dessa forma para ganhar visibilidade e pressionar o governo colombiano. Ainda não posso emitir muitas opiniões, mas deve-se estudar a causa deste conflito e não se ater somente em suas consequências para a sociedade. As FARC fazem reflexões muito mais profundas em relação à política interna da Colômbia, à nacionalização dos recursos e à não-interferência da política imperialista americana. É preciso ficar atento a isso.
EUA
Eleições americanas. Vamos tocar neste assunto o ano inteiro, tentando sempre dar um panorama geral da semana, farei observações mais abrangentes, se meu leitor me permitir. Esta semana, a democrata Hillary Clinton deu uma guinada, superando Barack Obama ( e minhas expectativas também). Acho que algo que contribuiu para o prevalecimento de Hillary, foi seu conhecimento sobre a atual situação econômica nos Estados Unidos e a coerência de suas propostas, que deixou bem claro seu conhecimento do assunto. Os demais candidatos, inclusive dentre os republicanos revelaram uma certa incapacidade e desconhecimento em lidar com este assunto.
EUA
Recessão nos Estados Unidos. Mais uma crise econômica atinge os EUA. A última crise séria foi em 2001. Analistas divergem se esta crise afetará ou não o Brasil. Dois dos maiores bancos americanos tiveram enormes prejuízos: Citybank e Meryll. O mercado consumidor americano está encolhendo. Com base nisso, o presidente Bush anunciou uma série de medidas econômicas, dentre elas, a redução de impostos. Ainda não vou comentar sobre este assunto. Pretendo em breve, fazer uma reflexão mais elaborada sobre esta crise. Algo como: causas e consequências e buscar referências nas crises de 1929 (Crash da bolsa) e de 1979 (Crise do petróleo). Volto neste assunto em breve.
Uma boa semana a todos!
Abraços,
Renata

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Olá !
Até domingo eu coloco o "Panorama da Semana" com notícias Internacionais e esta semana que foi muito produtiva também vou trazer dicas de livros e filmes (que valem a pena e aqueles que você não deve perder seu tempo como eu fiz!) Só estou entrando rapidinho para deixar um comentário, já que estou elaborando um trabalho sobre as FARC, o nível de desaprovação e desconhecimento sobre a guerrilha e gostaria de colocar algumas reflexões: "Ser marxista não é ser terrorista! O que deve ser questionado no caso da violência usada pelas FARC é: Os fins justificam tais meios? Defender uma causa, embora para isso se use métodos pouco convencionais em nome de uma causa maior não deve ser considerado terrorismo. É repugnante pensar nisso. Se, lutar a favor de igualdade, de justiça social, embora alguns tenham que pagar um preço por isso for considerado terrorismo, então, lutar a favor do capitalismo e da ideologia imperialista dos Estados Unidos (lembre-se das vítimas da guerra do Iraque e de outras "guerras indiretas"), também deveria ser considerado terrorismo. Na luta pelo socialismo é inadmissível que se façam vítimas e na luta pelo capitalismo, elas são somente "mais vítimas do sistema"... Contraditório, não é mesmo?

domingo, 13 de janeiro de 2008

Panorama da Semana
Um olhar sobre os acontecimentos internacionais
A semana de 7 à 13 de janeiro de 2008 foi marcada por três acontecimentos principais no campo internacional: manifestações da oposição no Quênia, eleições americanas e ascenção do candidato democrata dos Estados Unidos Barack Obama e a libertação de duas reféns das FARCs, através da intermediação do presidente venezuelano Hugo Chávez.
Quênia – Nairóbi
A semana foi marcada por manifestações e violência promovidas pela oposição, que alega eleições fraudulentas do presidente reeleito Mwai Kibaki. No último dia 6 de janeiro o Presidente Kibaki chegou a fazer a oferta de coalizão, que foi rechaçada pela oposição. De acordo com o jornal “O Globo”, em notícia publicada no último dia 11, o Movimento Democrático Laranja (ODM), liderado pelo oposicionista Raila Odinga, defendeu a imposição de sanções internacionais contra o governo de Kibaki.
Desde o início dos conflitos, o Quênia atraiu a sede de diversas organizações internacionais e representantes da ONU. Inclusive o ex-secretário-geral da ONU e ganaense Kofi Annan estaria propondo uma reunião com um grupo de africanos na tentativa de resolver a crise.
Desde o dia das eleições, 27 de dezembro de 2007, o conflito já atingiu o total de 500 mortos.
Panorama:
Desde 2002, com Kibaki:
Economia cresceu 5% a 7% ao ano.
Exportação de chá e café.
Investimentos em turismo.
Devido à estabilidade, destino de investimentos estrangeiros, referência na região.
Situação atual
Danos à imagem externa, uma das mais estáveis da África.
Desabastecimento, alta de preços, falta de combustíveis.
Afetou o escoamento da produção, cancelados leilões internacionais.
Bolsa de valores fechada.
Cancelados pacotes turísticos.
DETALHE - No Quênia, parentes torcem por Obama
A reportagem publicada pelo Estado de São Paulo, dia 9 de janeiro, trouxe depoimentos dos parentes do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, no Quênia.
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Esta semana, foi publicado na Folha de São Paulo, dia 4 de janeiro, uma declaração suspeita do atual presidente (ditador? Foram eleições democráticas?) do Paquistão, Pervez Musharraf. Ele afirmou que o serviço de segurança do Paquistão não matou a líder da oposição Benazir Bhutto e voltou a acusar extremistas islâmicos ligados a Al Qaeda e baseados na fronteira com o Afeganistão. Essa declaração merece uma investigação maior, afinal, Musharraf conta com o apoio dos EUA e ambos eram contrários à ascenção de Benazir. Concluindo, ambos tinham interesse que ela saísse de campo e conseqüentemente, tinham a Al Qaeda como bode expiatório...
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Eleições nos EUA
Esta semana ocorreram as primeiras prévias para as eleições americanas. Vou fazer aqui uma análise geral, sem considerar casos isolados. Pelo que acompanhei nos jornais, foi um tanto surpreendente a ascenção do candidato democrata à presidência Barack Obama, negro e de origem africana e muçulmana. Acho que a mídia não contava com isso, mas ele tem despontado como preferência dos eleitores americanos. Também esperávamos que a própria Hillary tivesse um desempenho melhor. Mas, sinceramente, acho que ele não ganha. Nem ele, nem a Hillary. O eleitor americano ainda é muito conservador e não colocaria um presidente negro ou uma mulher na Casa Branca. Não sei, vamos ver. Uma coisa é certa: as pesquisas têm demonstrado uma preferência pelos candidatos democratas.
Em relação aos temas discutidos pelos candidatos, o início das campanhas foi focado, principalmente, na guerra do Iraque e a maioria deles demonstrou ser contra. Mas o que foi percebido foi uma preocupação dos americanos mais com a política interna, principalmente em relação a uma provável recessão ocasionada pelo mercado de crédito imobiliário. Após esta constatação, os candidatos têm direcionado seus discursos neste sentido.
As eleições americanas prometem ser um dos principais eventos do cenário internacional do ano de 2008. Afinal, os EUA são um país imperialista, capaz de interferir ativamente nos rumos das relações internacionais e na política interna de outros países, inclusive subjulgando organismos internacionais como a ONU e isso é um perigo. Quem sabe, se nas duas últimas eleições o presidente Bush não tivesse vencido, milhares de iraquianos e soldados americanos poderiam não ter sido mortos... Ou talvez o protocolo de Kyoto teria sido assinado e os problemas ambientais tomariam outro rumo. São somente suposições e como isso aqui é um blog pessoal, me considero no direito de fazer suposições, não quer dizer que estou certa, mas que no momento atual de minhas pesquisas é nisso que acredito. Entretanto, ainda estou “afinando” minhas opiniões... Gostaria que a mídia fosse mais incisiva em questionar as propostas para a política externa dos canditatos, não somente em relação ao Iraque, mas também nas políticas de imigração. Algo que ficou nítido, foi um caráter mais flexível dos democratas incentivando a legalização de imigrantes e promoção da inserção deles na sociedade americana e o caráter mais rígido e conservador dos republicanos, propondo a construção de muros e o estabelecimento de políticas mais restritivas.
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Mas sem dúvida a principal notícia desta semana foi a libertação pelas FARCs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) das reféns Consuelo Gonzalez e Clara Rojas, mantidas presas por seis anos na selva colombiana. Os detalhes desta prisão não preciso mencionar aqui já que todos os jornais estão falando. Mas em breve, assim que concluir minhas pesquisas, coloco um post aqui sobre alguns tópicos interessantes destes acontecimentos que ainda estou tentando entender.
Qual o significado do intermédio do presidente Chávez nesta negociação? (Significado oficial e real). Inclusive a primeira ligação feita pelas reféns ao serem libertadas não foi para o presidente de seu país nem para suas famílias, foi para o presidente Chávez.
O presidente Chávez deu a seguinte declaração: “As FARCs não deviam serem consideradas uma organização terrorista”.
Sendo assim, lanço algumas questões:
A – O que é ou deve ser considerada uma organização terrorista?
B – Sendo assim, as FARCs devem ser consideradas um organização terrorista?
C – Como o Chávez sustenta essa declaração?

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Suicídio do Poema

O poema não tem nexo
começa a duras penas
no quarto escuro
no olho fechado
na chuva molhada
no vazio do nada.

O poema caminha
caminha... Pero Vaz?
Caminha?
salta letras e palavras
pula parágrafos
rebola entre os parênteses e as aspas
e implora
mais uma vez
para não morrer esquecido no verso da página.

Os versos contradizem
dizem, depõem e cospem nas palavras medíocres.

As palavras se afogam no mar das rimas
cismam que rimam
e que se entendem
mas no fundo, no fundo do mar
as palavras sobrevivem, brincam...
brincam e sorriem
e mais uma vez se afogam.

O poema morre na esquina
espichado, bêbado, suado e fedido
o poema fede
seu odor exala - o crime não compensa
não há cachaça que cure
a bebedeira do poema.

O poema não tem alma
é carne dura, crua, fétida
sangue coagulado
ossos de ferro
coração de gelo.

Observação: escrevi este poema (de péssimo gosto por sinal) há alguns anos. Gostaria de esclarecer que hoje não penso mais assim sobre o poema. Meus sentimentos e minha percepção mudaram muito sobre poemas. Hoje, tenho muita ternura e gratidão a eles. Escrevi este poema quando estava vivendo uma fase meio pessimista da minha vida. Mas passou. Espero que ninguém se sinta ofendido.

Povo da Terra

Especiarias em um mercado
Mulheres sofridas com os olhos fundos cabelos escorridos negros
O sol queima os pés daquela gente
Um ônibus de músicos peruanos se aproxima tocando gaita, bandolim
Aquela gente se aproxima
Quem é aquela gente?
Quem é aquele povo?
Quem somos nós?
Mais uma vez, cheiro de tempero, pimenta
vestidos e véus balançam ao som da música
De cima o sultão observa a cena perplexo
Cores, sabores, cheiros. Uma força que estremece.
Chega um carregamento de chá
A índia e a diversidade oriental
Vacas na rua.
Que Jesus Cristo, Allah tenham piedade de nós.
Amém

O tempo passa, voando, chorando, sorrindo ou cantando, tente escutar o tempo, cheirar e sentir o tempo. E a melodia virá com o vento.

Olá! Há algum tempo estou tentando arranjar tempo para registrar algumas coisas que escrevo em um blog. Mas sabem como é o tempo, ele passa, passa e quando nos damos conta... passou. Mas de hoje, não passa, pensei, mesmo que, ao passá-lo (o tempo) pensando, quando pensei, passou voando. E aqui fiquei.